domingo, 13 de setembro de 2009

Um breve 'ai' de mim.

Sufocada, procurando sem cessar um sentido que as coisas não tem.
há um tempo acreditei que o sentido de tudo era atribuído por nós mesmos. Mas meus sentidos agora parecem muito fugazes, as amarras que os prenderam a mim parecem se soltar. Tudo foge de mim, tudo me escapa por entre os dedos, aos meus olhos, algo está errado, e está errado desde sempre, mas eu nunca soube o quê pra poder concertar. Quero pensamentos claros pra conseguir me tratar. Quero menos tudo na minha vida, e menos 23 anos de idade que eu nem tenho. Saio por aí agindo como uma velha, responsável e madura,mas eu não sou totalmente assim. Estou me escondendo atrás de mim mesma e durante um tempo funcionou, agora essa parte de mim grita por liberdade, desejo me mostrar ao mundo, mas já não sei mais quem sou. E tenho ums vaga lembrança do que eu planejei ser. Me pergunto agora, como sempre me perguntei, em que parte da jornada me perdi?

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

A viagem acabou, os pensamentos não.

Hoje sentei-me e me pus a relembrar o passado. Vi as fotos de quando éramos pequenos e senti uma lágrima brotar no canto do meu olho. Vontade imensa de chorar, pensei por toda a tarde a respeito do que nos tornamos. Isso significa que damos significado a palavra sofrimento. Quando éramos pequenos, ela não existia, não estava presente, o significado dela era algo tão distante que não precisava de um nome a ser inferido. Hoje nós a dissipamos todos os dias, todo o tempo. Nós precisamos inventar mais outras mil palavras para dar nome a sentimentos negativos. Era tão fácil. Agora todos os dias somos engolidos por situações que não controlamos e pela vida que vai seguindo sem nos perguntar pra onde queremos ir. Nos iludimos acreditanto sempre que temos o poder e controle para decidir pra onde caminhar, entretanto, quando menos se espera, levamos uma rasteira e somos novamente conduzidos a exatamente aonde deveríamos estar. O que podemos controlar então se não a vontade? O querer? Ficar bem? Independente de onde nós iremos parar. É sempre bom pensar naquilo que éramos, na pureza que um dia nós experimentamos, na felicidade que um dia sentimos, que era ingênua, mas verdadeira.