quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Partindo pra Bolívia!
sábado, 16 de janeiro de 2010
Minha segunda mochilada.
domingo, 13 de setembro de 2009
Um breve 'ai' de mim.
há um tempo acreditei que o sentido de tudo era atribuído por nós mesmos. Mas meus sentidos agora parecem muito fugazes, as amarras que os prenderam a mim parecem se soltar. Tudo foge de mim, tudo me escapa por entre os dedos, aos meus olhos, algo está errado, e está errado desde sempre, mas eu nunca soube o quê pra poder concertar. Quero pensamentos claros pra conseguir me tratar. Quero menos tudo na minha vida, e menos 23 anos de idade que eu nem tenho. Saio por aí agindo como uma velha, responsável e madura,mas eu não sou totalmente assim. Estou me escondendo atrás de mim mesma e durante um tempo funcionou, agora essa parte de mim grita por liberdade, desejo me mostrar ao mundo, mas já não sei mais quem sou. E tenho ums vaga lembrança do que eu planejei ser. Me pergunto agora, como sempre me perguntei, em que parte da jornada me perdi?
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
A viagem acabou, os pensamentos não.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
O meu hoje.
sábado, 1 de agosto de 2009
O fim e a história inteira em síntese.
Meu nome é BNB, sou estudante de geografia e sonhadora. Fui ao Rio Grande do Sul, pode-se dizer a procura de uma parte que não tinha. Sou fruto do quarto casamento do meu pai, a décima e que se tem notícia última filha que ele teve. Estou nesse roteiro desde terça-feira, dia 14/07/09. Começo a escrever de Belo Horizonte. A verdade é que de todos os dez filhos restou um contato fragmentado, entre eu e meu irmão que vive aqui em BH e três que moram em Pirapora, paralelo a isso, no sul, três irmãos também de mesma mãe mantiveram contato. Meu pai natural de Santa Vitória do Palmar é falecido há quase cinco anos. Foi enterrado em sua terra natal e eu morando tão longe não pude comparecer ao seu enterro e nunca tive a oportunidade de visitar seu túmulo. Desde sua morte, perdi o pouco contato que existia entre mim e meus irmãos do sul. Sem nunca perder a curiosidade ou a vontade de realmente conhecê-los. Embora durante esse tempo, sentir falta do meu pai foi o que mais me marcou. Eu vim ao Rio Grande do Sul duas vezes, com dois e com onze anos, em ambas eu era muito nova para lembrar de algo significativo, mas os detalhes permaneceram todos em minha mente, e feita essa viagem relembrei-me de muito do que eu pensei um dia que fosse apenas sonho. Passei esses últimos cinco anos limitada como ser humano e como pessoa, abarrotada de questões das quais não havia resposta. Pensei muito no último desejo do meu pai, de como ele queria que a família permanecesse unida, de um modo como nunca foi, mesmo com ele em vida, limitada pela distância. No início desse ano comecei o curso de Geografia aqui em minha cidade, e por necessidade durante esse tempo comecei a vender bombons, no fim do semestre eu cansada havia conseguido acumular uma quantia significativa. Decidi instantaneamente investir esse dinheiro em algo que eu pudesse levar pro resto da vida. Decidi ir até a Santa Vitória visitar o túmulo do meu pai. Sempre soube que essa visita era necessária para que eu pudesse seguir com a vida. Munida de cadernetas onde meu pai anotava o telefone e endereço das pessoas eu passei os últimos três anos tentando fazer algum contato com meus irmãos do sul, mas em vão, visto que os telefones eram muito antigos. Me restando os endereços eu resolvi aparecer de supetão nas respectivas casas e tentar achá-los. Mas antes que eu precisasse simplesmente aparecer, eu numa tarde qualquer, num impulso peguei novamente as cadernetas, o telefone e tentei ligar para todos os números das pessoas que sabia que eram da família. Por milagre, acaso, ou qualquer coisa que seja eu consegui falar com um tio meu recluso em uma cidade fria deste país. Nunca pensei que isso de fato pudesse acontecer então não me preocupei com o que eu diria caso conseguisse completar alguma ligação. De imediato, tomada pela emoção gaguejei meu nome e o nome do meu pai. Ele de certo não ficou muito feliz ao falar comigo, pois tudo que fez foi exigir que eu provasse ser filha do meu pai. Não me importei muito com isso, não provei e ficou tudo por isso mesmo. Essa ligação foi suficiente para que uma esperança me tomasse por dentro, pois alguém mais poderia atender. Digitei no telefone o número da L.M., e alguns pulsos depois, veio ao telefone uma voz doce. Ao contrário desse meu tio, ela já me conhecia de anos atrás e foi muito receptiva ao telefone. Não demorou pra que me convidasse para ficar em sua casa durante minha estadia. Eu nem pretendia passar por Pelotas que é onde ela mora, mas resolvi alterar minha rota pois essa, além de ver o túmulo do meu pai seria uma parte muito importante da viagem, a retomada dos laços que nos fazem ser irmãs.
Logo, em minha frente estava uma viajem longa e emocional. De objetivo triste acabou sendo uma viajem muito positiva. Mas mesmo tendo juntado dinheiro, a minha quantia não era nem de longe o necessário pra que eu pudesse realizar essa viagem, mas com o objetivo em mente, recorri aos velhos e bons e a todas as pessoas mais que eu conhecia. Abandonei toda minha vergonha, meu pudor e meu orgulho e pedi ajuda. Sempre com o objetivo em mente, rapidamente todos abraçaram a causa e eu obtive uma grande ajuda. Ganhei até mesmo as passagens. Enfim, não foi tão vergonhoso assim admitir minhas limitações financeiras em prol de uma causa tão nobre. A princípio eu só iria visitar um túmulo e quando vi eu tive a oportunidade de reatar laços. De construir algo, de voltar com uma outra parte da família. E foi extremamente positiva essa arrecadação, pude ver na parte prática com quem eu posso contar, e não se trata de dinheiro, se trata do apoio e do incentivo que eu recebi de todas essas pessoas. E eu sempre vou lembrar-me disso, estas me ajudaram a construir uma parte da minha história. Foram cerca de quinze dias de intensa mobilização. E não demorou pra que eu tivesse muito mais que o necessário. Surpreendi-me muito com a capacidade das pessoas de se mexer. De longe esse é um dos ápices de minha vida.
Enfim, a viagem finalmente havia sido marcada, em menos de dias eu estaria embarcando rumo à história que eu deveria viver. Um grande e memorável momento da minha vida. Agora que a viagem estava em iminência, admito que me bateu uma grande tristeza por estar indo. Passei chorosa os últimos dias, emocionada por essa oportunidade, sensibilizada por rever meus irmãos e imensamente triste e desencorajada por visitar o tumulo do meu pai. Senti como se eu estivesse indo visitá-lo. Receio não ser possível ver sua forma física. Como eu havia dito, sempre soube que essa viagem seria muito feliz embora o motivo principal não o fosse. Quando se trata disso, admito que não sou tão corajosa como tenho aparentado ser. Vivo desconsolada com a falta que meu pai faz. Terei que conviver com tal fato seguindo sempre incompleta.
Por tudo, por todo meu cansaço eu não senti em momento algum ansiedade. Dessa vez o melhor não seria a espera pela festa, mas a festa
O Avião pousou