quarta-feira, 22 de julho de 2009

Estava enganada também a respeito da marginalidade, o que assusta aqui é como o crack se popularizou rapidamente, e como a criminalidade cresceu em proporção! Não que eu não tivesse reparado na quantidade de mendigos e pessoas estranhas mal encaradas daqui, mas parece que desde que escrevi que era só não dar bobeira eu atrai um monte destes. Seres estranhos, parecem que vieram de outro mundo. Hoje fui passear com minha sobrinha, guriazinha linda, de longe se vê porque meu pai gostava tanto dela. E merecida a poesia que o meu velho escreveu pra ela. Fomos a um museu legal daqui. Lá fomos abordadas por um indivíduo que carregava um pacote de macarrão e um monte de loucuras. Nem pensamos e ja fomos tirando as moedinhas do bolso pra dar pra ele, claro, que com gente doida agente não discute! Em troca ele nos deu um cortador de unha. Objeto estranho pra se receber, deve estar infectado com a gripe suína, AIDS, tétano e sabe-se lá mais o que, mas vou levá-lo como evidência. Pretendo ensacá-lo, lacrar e guardar em uma pastinha bem segura. Longe de minhas delicadas mãos e da minha saúde. Pareço uma fresca falando. Pareço fria escrevendo, não que eu tenha nojo, mas estou tentando evitar futuras complicações. Até era simpático o caboclo que me presenteou, mas nunca se sabe! Pretendemos continuar nosso passeio na praia do laranjal. O lugar onde 7 anos atrás cavamos um buraco na areia. Minha sobrinha com 3 anos e eu com 11 ! Duas crianças. E quem podia imaginar que eu já era tia nessa época. Tia desnaturada, mas tia.

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