sábado, 4 de julho de 2009

Mais um pouco de história, como as coisas são.

Sobre meu pai de acordo com a certidão de óbito:

‘era divorciado de M., deixando os filhos: G., L. e A. (Pelotas-RS); e de união com R., deixa os filhos:G. e A.; e de outra união com G., deixa os filhos: S.,L.,e S.(Pirapora-MG); e ainda de outra união com W., deixa os filhos: B. e L.(Belo Horizonte-MG)’ Ou seja, eu tenho esse tanto de irmãos ai.

E pra quem prestou atenção, tenho irmãos no Rio Grande do Sul, além de uma tia em Porto Alegre, que há poucos dias descobri que já não escuta ou reconhece ninguém, mas depois que perdi meu pai, perdi também contato com todos lá no RS. E através desse texto maluco, e mal escrito, quero mostrar como as coisas acontecem. Já tem uns 3 anos que eu tento reaver este contato, penso nas ultimas coisas que meu pai desejava, e uma delas envolvia a união da família, meu pai se fadou a solidão, mas nunca esqueceu da importância da família, e é um valor que ele queria passar a todos os seus filhos. A todos, não sei se passou, mas eu carrego isso comigo. Meu pai como a pessoa de costumes antigos que era, tinha o hábito de anotar em cadernetas os telefones das pessoas conhecidas, e por acaso eu herdei essas cadernetas, e durante esses três anos eu tentei incessante ligar. Tentei todos os números, mas eram números antigos também, nem o ‘3’ na frente tinham. Só que, cerca de dois dias depois de eu ter decidido ir visitar o túmulo do meu pai, eu novamente, sem esperanças, peguei as tais cadernetas e tentei ligar para os números dali. E depois de três anos tentando, não tinha a mínima intenção de conseguir. Então, também não pensei o que dizer caso alguém atendesse. E dessa vez, por milagre, acaso, destino, ou seja lá o que, alguém atendeu. Era um tio meu, esquecido, escondido em algum lugar frio deste país. Um tio que não me conhecia. Vista a euforia que fiquei me embolei toda nas palavras e só sei que no final da ligação ele estava me cobrando evidências de que eu era filha do meu pai. Ah, nem ligo. Mas sem como provar, não provei, nunca mais falarei com ele, e os laços sanguíneos ficam por ai. Morri depois dessa ligação, o coração palpitando, as lágrimas de emoção escorrendo, reacendeu em mim a esperança de que mais alguém atendesse, em algum daqueles telefones. E logo na próxima ligação, consegui falar com minha irmã. L., me atendeu com muito calor, muita humanidade, se posso dizer muita saudade também, eu fiquei em êxtase ao escutar sua voz. Eu fiquei muito feliz, eu fiquei feliz com muita surpresa. Também não soube o que dizer, mas as coisas aconteceram naturalmente. E eu avisei a ela sobre minha intenção de ir visitar o túmulo do pai, logo ela me convidou para ficar na casa dela, me deu notícia dos outros e eu decidi mudar minha rota que era (Porto Alegre> Santa Vitória) para (Porto Alegre> Pelotas> Santa Vitória). Mas nããão acaba ai! Esse dia continuou sendo emocionante, digitei no telelistas o nome de meu irmão A., e achei. E liguei, e ele me reconheceu, e eu gostei da breve ligação, descobri que ele mora em Santa Vitória, e pra quem não tinha eira nem beira, eu consegui moradia em todos os pontos pelos quais terei de passar. Em Porto Alegre, um digníssimo amigo me concedeu moradia também. É isso as coisas acontecem. Restou pra mim resolver a questão prática, a pergunta que ficou: Como irei?

Um comentário:

  1. CARALHO!Quanto irmão! UAHHAHAUH!
    Eu espero, mesmo, que dê tudo certo amor! <33

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